Taxamos os ganhos de capital em torno de 30% dependendo da inflação, razão pela qual a Bolsa despenca em crises. Quem vende não tem o equivalente para recomprar, mesmo se arrepender de ter sido contaminado pelo pânico.
Além do mais, esta taxação aumenta o custo de capital das empresas, já caríssimo no Brasil, obrigando-as a procurar capitais no exterior, impactando o câmbio e criando volatilidade e necessidades de hedge, que acabaram prejudicando empresas como a Aracruz e a Sadia. Pior, acaba reduzindo IPI e ICMS no futuro, outro tiro no pé na nossa tributação.
Parece ser um favorecimento aos “capitalistas” mas na realidade imposto sempre deveria ser sobre o consumo dos “capitalistas” e não quando eles simplesmente reinvestem o lucro de suas aplicações em prol de empresas que empregam e pagam impostos. Pior, economistas de governos passados lutaram e conseguiram isenção para capitalistas estrangeiros, que irão consumir nos seus países, e mantém a taxação para a classe média poupadora brasileira, que paga duas vezes. Por isto, 70% da Bolsa são de estrangeiros, gerando estas flutuações de câmbio e Bolsa.
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