O Banco Central da Suíça considera que a persistente valorização da sua moeda, devido às incertezas dos países da zona euro e nos EUA, "constitui uma forte ameaça à economia" do país. Por isso anunciou medidas drásticas, sem precedentes nos últimos 30 anos, para desvalorizar o franco suíço e blindar a economia helvética.
Perante as perspectivas de recessão e problemas de dívida pública na União Europeia e nos EUA, os investidores têm abandonado o dólar e o euro, procurando refúgio no ouro e em moedas menos instáveis, como o franco suíço. O Banco Central da Suíça estabeleceu um câmbio mínimo para o franco (cada euro não poderá valer menos de 1,20 francos) e garantiu que vai actuar "com toda a determinação" para defender este valor.
O objectivo do Banco Central suíço é assegurar uma depreciação "substancial e sustentável do franco", mas as medidas tomadas nos últimos meses, como as injecções de liquidez, não tiveram resultados. "Com efeito imediato, não se vai tolerar uma taxa cambial euro/franco suíço abaixo da taxa mínima de 1,20 francos. O Banco Central Suíço irá cumprir esta taxa mínima com a maior determinação e está preparado para comprar moeda estrangeira em quantidade ilimitadas", anunciou a instituição, citada pelo El País.
A valorização do franco está a condicionar em baixa os resultados dos bancos helvéticos e das suas maior indústrias, que têm o estrangeiro como principal cliente: farmacêuticas, grupos alimentares como a Nestlé ou empresas na área dos bens de luxo.
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